No âmbito das comemorações UFBA 70 ANOS, a Pró-Reitoria de Extensão desdobra mais um eixo do seu Programa de Apoio às Artes; desta vez, dedicando-se à produção artística de servidores-artistas, ao tempo que reafirma seu propósito de fomentar interfaces entre tradição e experimentação articulando as culturas acadêmica, popular e tradicional.
Mulheres do Àse – Performance Ritual, peça coreográfica concebida e dirigida pela dançarina e coreógrafa Edileusa Santos (Escola de Dança) e com assessoria de Hebe Alves (docente convidada), estreia como projeto piloto de apoio a experiências de composição artística com elenco de servidores lotados nas Escolas de Teatro, Música e Belas Artes, retomando a antiga prática de "integração artística" que fez parte dos currículos de graduação das Artes na UFBA.
Arte, fé e resistência marcam espetáculo de Dança estrelado por servidores da UFBA.
Depois de uma estreia de sucesso de público em outubro, volta a cartaz o Mulheres do Àse – Performance Ritual, um espetáculo que revela crença, sentimentos e resistências das mulheres que atuam nas religiões de matrizes africanas.
As apresentações acontecem nos dias 9 e 10 de fevereiro, às 20 horas, e 11 e 12, às 19 horas, no Teatro Martim Gonçalves, na Escola de Teatro da UFBA, Canela.
Para a servidora artista em arte negra e coordenadora da atividade Edileusa Santos, isso "significa um desafio revestido de muita responsabilidade, muito respeito e muito amor. É, sobretudo, expressar e reafirmar a relevância e o papel que essas mulheres têm na construção da cultura e sociedade brasileiras".
Multilinguagem
O espetáculo, no palco, é intercalado por vídeo-depoimentos de importantes Mulheres do Àse, como Mãe Stella de Oxossi, Ebomi Nice de Iansã, Makota Valdina, Mãe Beata de Iemanjá, Vanda Machado e as Irmãs da Irmandade da Boa Morte. Cada uma, dando sua perspectiva sobre o que é ser Mulher do Àse.
Mulheres do Àse – Performance Ritual é um espetáculo de celebração, de percepção, de personalidade, de fé e àse pelos Orixás, Inquices, Voduns e Caboclos. Essa celebração caracteriza-se por rituais, dentro do universo holístico, em que tudo gira em torno do cosmo que é o sentido do àse. É uma performance onde o movimento do círculo representa a criação e recriação da vida. São representações imagéticas onde se concentra a fé, o acolhimento e o àse dessas mulheres. Cria-se assim um locus onde se sugere ao espectador uma tridimensionalidade dessas imagens simbólicas, percebidas na dualidade entre o Àse e o universo contemporâneo. A simbologia da dança de candomblé e os ícones de poder e proteção dessas mulheres interligadas; a música, a imagem, a história e a poesia fazem parte do jogo performático em que se cria um ambiente do àse e da fé pelas divindades, cuja valorização se manifesta na plasticidade da cena e no corpo maduro das intérpretes.
O espetáculo é ainda parte das comemorações dos 60 anos da Escola de Dança e os 70 anos da UFBA; os servidores técnicos artistas se juntam nessa produção artística para celebrar as datas.
A Direção Geral, Concepção e Roteirização Cênica são da artista em arte negra Edileusa Santos. Compõem o elenco artístico Fátima Carvalho, Jaqueline Elesbão, Sandra Santana, Sueli Ramos e Tânia Bispo. A Direção Musical é assinada por Alexandre Espinheira, Gilberto Santiago e Luciano Salvador Bahia. Trilha original de Alexandre Espinheira, Gilberto Santiago e Sara Fernandes. Os músicos do espetáculo são Sara Fernandes e João Victor. A realização do Mulheres do Àse – Performance ritual conta com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária da UFBA.
Serviço:
O quê: Mulheres do Àse – Performance Ritual.
Quando: 9 e 10 de fevereiro, às 20 horas, e 11 e 12, às 19 horas.
Onde: Teatro Martim Gonçalves, na Escola de Teatro da UFBA, Canela.
ENTRADA FRANCA