RESIDÊNCIA OHÙN CREATIVE - Espetáculo Teatral MEDÉIA NEGRA e Bate Papo

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RESIDÊNCIA “OHÙN CREATIVE” – aprovada no edital de Residências em Artes, Cultura e Extensão 2024 da Pró-Reitoria de Extensão (PROEXT) da Universidade Federal da Bahia – coordenado pela artista e pesquisadora residente Márcia Limma (proponente) com participação das professoras colaboradoras Elaine Cardim e Vica Hamad (ambas fundadoras do Grupo de Pesquisa LAVRARE – Laboratório de voz: rastros e redes – PPGAC/UFBA, cadastrado no CNPq), convida toda comunidade acadêmica e externa para assistirem as apresentações do espetáculo MEDEIA NEGRA, no Teatro Martim Gonçalves dias 25 (terça) e 26 (quarta) de março às 19h. No dia 27 (quinta) realizaremos um BATE PAPO sobre o processo criativo com Márcia Limma (Concepção e Atuação de Medéia Negra), das 14h às 16h, no Teatro Martim Gonçalves, também aberto a toda comunidade. As apresentações de Medéia Negra juntamente com o Bate Papo compõem a primeira ação do projeto que se estenderá durante todo o semestre 2025.1.

  • 25/03 (terça-feira) e 26/03 (quarta-feira), às 19h: Espetáculo Medéia Negra
  • 27/03, das 14h às 16h: BATE PAPO sobre o processo criativo com Márcia Limma (Concepção e Atuação de Medéia Negra)
  • Local: Teatro Martim Gonçalves
  • As senhas serão distribuídas a partir das 18 horas de acordo com a lotação do espetáculo (lotação reduzida).

MEDÉIA NEGRA, da atriz e pesquisadora Márcia Limma, é fruto e obra teatral da pesquisa de mestrado “Medeia Negra: O enegrecimento de uma personagem clássica a partir da vivência com mulheres em situação de encarceramento na criação de um solo de teatro” (2020, PPGAC/UFBA, sob orientação da Profa. Meran Vargens). O espetáculo solo contribuiu estrategicamente para descolonização de um clássico da dramaturgia mundial, trazendo o teatro negro, sertanejo e indígena como referências para criação e estudo de conteúdo teórico-prático, além das performances da Oralitura, os processos criativos afro-brasileiros. Entrecruzaram-se os Itans dos orixás na criação da cosmologia estética da obra “Medeia Negra” para desconstrução do clássico Medeia de Eurípedes, além dos conceitos de feminismo negro, interseccionalidade e interculturalidade para remontar visual e poeticamente, por meio do figurino, visagismo, música, cenografia e elementos visuais que fazem parte da nossa cultura afro-diaspórica transgredindo todo um imaginário que não nos representa.

A narrativa expõe as opressões da mulher negra em diferentes lugares de fala e tempos históricos, como um grito contundente contra a estrutura social que a marginaliza, julga e aprisiona. A musicalidade da cena é construída com elementos musicais do jazz e blues americanos, sua concepção tem referências políticas e da intelectualidade negra como Angela Davis, Djamila Ribeiro e Grada Kilomba. A peça provoca o público a refletir sobre o seu lugar no processo de descolonização dos mitos e práticas.

Listado como um dos espetáculos nacionais mais importantes de 2018 pela revista Bravo, Medéia Negra circulou por diversos festivais nacionais e internacionais e até hoje é referência no que diz respeito ao seu processo criativo. Inspirado na tragédia grega de Eurípedes é recriado para os contornos reais da voz, do corpo e do pensamento de uma mulher negra. A peça apresenta uma leitura visceral da protagonista por Márcia Limma sobre o feminismo negro no país, com direção de Tânia Farias (Oi Nóis Aqui Traveiz/RS) e dramaturgia de Márcio Marciano – Coletivo Alfenin, Daniel Arcades – DAN Território, Márcia Limma e Tânia Farias.

 

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