O apoio institucional ao evento realizado pela Proext foi um dos pontos abordados por Blandina Felipe Viana, Pró-Reitora de Extensão da UFBA. A mesa de abertura da III Semana do Meio Ambiente aconteceu na manhã da última segunda-feira (03/06) no PAF III da UFBA. Além de palestras, o público poderá conferir as feiras de produtos orgânicos e de livros, exposições, performances, mostras de som e exibição de filmes até 07 de junho (sexta-feira).
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A abertura contou também com a participação Luiz Rogério, Vice-Reitor da UFBA, Célio Costa Pinto, Superintendente do IBAMA-BA, Amélia Maraux, Superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica, Cláudio Mascarenhas, do Conselho de Entidades Socioambientalistas da Bahia, Edílson Moradillo, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, e Fábio Velame, Superintendente do Meio Ambiente e Infraestrutura (SUMAI) da UFBA. Completaram a mesa Altino Bomfim e Márcia Pinheiro, coordenadores do evento.
A Pró-Reitoria de Extensão da UFBA contribuiu na construção e no desenvolvimento da agenda de debates da Semana. Segundo Blandina, no próximo ano, eventos paralelos nas Unidades da instituição que enfatizem os problemas ambientais serão incentivados pela Proext, a fim de inserir a discussão como pauta institucional na UFBA, sobretudo durante a primeira semana de junho. O lançamento de um edital PROUFBA, uma parceria PROEXT/PROPCI, com enfoque nas questões ambientais, está em fase de elaboração. “O objetivo é apoiar ações articuladas de pesquisa e extensão destinadas à resolução de problemas ambientais da UFBA”, conforme esclarece a Pró-Reitora.
“A universidade tem a responsabilidade social de qualificar a discussão sobre os problemas associados ao meio ambiente junto a sociedade, principalmente por intermédio de uma prática de consumo consciente”, pontua Blandina. Recentemente, a Proext aboliu todos os copos plásticos, substituindo-os por canecas de louça. “A intenção é substituir todos os descartáveis e incentivar as demais Unidades e Órgãos da UFBA a adotarem essa prática”, completa.
O Vice-Reitor da UFBA Luiz Rogério abriu a mesa explicando que a instituição está preocupada com as questões ambientais, o que pode ser observado pela criação da SUMAI, e que problemas como o de consumo consciente não são encontrados apenas na sociedade, mas também na própria universidade. O Superintendente do IBAMA-BA Célio Costa Pinto reforça a importância das universidades, defendendo que elas são os melhores parceiros dos órgãos públicos.
A preocupação de Amélia Maraux, Superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica, se detém no currículo escolar como uma formação do cidadão para a vida, por meio de uma consciência da sustentabilidade. Edílson Moradillo, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, defende que a universidade não pode perder sua consciência crítica social, em detrimento de interesses mercadológicos, e “a III Semana do Meio Ambiente da UFBA é um exemplo dessa perspectiva crítica”, conforme aponta Edílson.
Dando continuidade à mesa, o Superintendente do Meio Ambiente e Infraestrutura (SUMAI) da UFBA Fábio Velame coloca o debate sobre o meio ambiente na universidade como algo fundamental, sobretudo em uma cidade como Salvador, que perde sua área verde para o excesso de construções. Segundo Velame, essas construções proporcionam uma segregação não apenas sócio-espacial, mas também ambiental. Cláudio Mascarenhas, do Conselho de Entidades Socioambientalistas da Bahia, acredita que a universidade deve criar núcleos que permitam um diálogo direto sobre questões ambientais entre a sociedade e a instituição, como já existem em outras áreas de estudo.
A mesa foi desfeita após Altino Bomfim, coordenador da Semana, explicar que o propósito dos encontros é “socializar o ensino e o conhecimento da universidade, em um diálogo com a sociedade, discutindo alternativas socioeconômicas, políticas e culturais para questões ambientais”. O objetivo transcende a UFBA e busca tirar os professores que pesquisam sobre o meio ambiente do “gueto”, o lançamento, na quarta-feira, do livro que traz esses grupos é uma dessas iniciativas.
A Pró-Reitora de Extensão da UFBA, 
Uma prática de consumo consciente leva em conta nossas atividades e escolhas diárias. Os produtos que compramos devem ser considerados pelos seus impactos ao meio ambiente e à saúde humana e animal, não apenas pelo valor agregado por uma marca. Quanto mais durável e biodegradável um objeto, mais contribui para a conservação do nosso planeta. O aquecimento global, o derretimento das geleiras, a contaminação alimentar e as tempestades são exemplos desse agravamento da problemática ambiental. No Brasil, tivemos a seca no Nordeste e as inundações e os desmoronamentos no centro-sul.
